Recordar todos aqueles que perderam a vida a ajudar os mais desfavorecidos - é esse o objectivo do Dia Mundial Humanitário. A data assinala-se hoje pela primeira vez, por iniciativa das Nações Unidas, que desta forma presta homenagem a todos os trabalhores humanitários mortos no terreno.
De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), só no ano passado foram mortos 122 trabalhadores humanitários. O número crescente de vítimas tem preocupado a ONU - afinal, é maior o número de trabalhadores humanitários mortos do que o número de vítimas entre os militares da ONU (os chamados "capacetes azuis").
Mobilizados muitas vezes para territórios em clima de guerra para dar apoio às populações, os trabalhadores humanitários têm vindo a ser utilizados como parte da táctica militar. Em países como o Afeganistão, o rapto e o assassinato de voluntários tem sido utilizado pelos talibãs como parte da estratégia de guerrilha.
Para combater as estatísticas, as Nações Unidas tomaram então a iniciativa de celebrar o Dia Mundial Humanitário a 19 de Agosto - o mesmo dia em que, no ano de 2003, o quartel das Nações Unidas em Bagdade, no Iraque, foi atacado (numa ofensiva que matou 22 trabalhadores humanitários).
Num vídeo disponibilizado no site das Nações Unidas, o Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, diz que a data visa recordar os "homens e mulheres que, de forma heróica, vindo de países diferentes, partilham uma mesma condição: a crença de que o sofrimento de uma pessoa é responsabilidade de todos".
Na sede da ONU, em Nova Iorque, os trabalhadores humanirários mortos vão hoje ser homenageados, numa cerimónia pública onde vão também ser exibidas fotografias de alguns dos voluntários.
in Sapo Notícias
Nenhum comentário:
Postar um comentário