sábado, 18 de agosto de 2007

A Formosura Desta Fresca Serra

A formusura desta fresca serra,
É a sombra dos verdes castanheiros,
O manso caminhar destes ribeiros,
Donde toda a tristeza se desterra;
O rouco som do mar, a estranha terra,
O esconder do sol pelos outeiros,
o recolher dos gados derradeiros,
Das nuvens pelo ar a branda guerra;
Enfim tudo o que a rar natureza
Com tanta variedade, nos ofrece,
Me está, se não te vejo, magoando.
Sem ti, tudo me enoja e me aborrece;
Sem ti, perpetuamente estou passando
Nas mores alegrias mor tristeza.

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