segunda-feira, 9 de abril de 2007

Poesia Matemática

Às folhas tantas Do livro matemático Um Quociente apaixonou-se Um dia Doidamente Por uma Incógnita Olhou-se com um olhar inumerável E viu, do ápice à base Uma figura impar Olhos onbóides, boca trapezóide Corpo octogonal, seios esferóides Fez da sua Uma Vida Paralela a dela Até que se encontraram No infinito "Quem és tu?", indagou ele Com ânsia radical "Sou a soma dos quadrados dos catetos. Mas pode me chamar de Hipotenusa" E de falarem descobriram quem eram _ O que, em aritmética, corresponde A almas irmãs _ Primos entre si. E assim se amaram Ao quadrado da velocidade da luz Numa seta potenciação Traçando Ao sabor do momento E da paixão Rectas, curvas, círculos e linhas senoidais. Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidianas E os exegetas do Universo Finito. Romperam as convenção newtonianas e pitagóricas. E, em fim, resolveram se casar Constituir um lar. Mais que um lar. Uma perpendicular Convidaram para padrinhos O Poliedro e a Bissectriz. E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro Sonhando com a felicidade Integral E diferencial E se casaram e tiveram uma secante e três cones Muito engraçadinhos. E foram felizes Até aquele dia Em que tudo, afinal, Vira monotonia. Foi então que surgiu O Máximo Divisor Comum Frequentador dos círculos concêntricos. Viciosos. Ofereceu-lhe, a ela, Uma grandeza absoluta, E reduziu-a a um Denominador Comum, Ele, Quociente, percebeu Que com ela não formava um todo Uma Unidade. Era um triângulo Tanto chamado amorosa Dessa problema ela era a fracção Mais ordinária Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade E tudo que era espúrio passou a ser Moralidade Como, aliás, em qualquer Sociedade Milôr Fernandes

Um comentário:

  1. Bem vista assim a matematica até parece ser uma coisa mt facil e bonita lol

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